A nova forma de pensar
da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo
(Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho
para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.
Segundo
Descartes, comumente chamado de principal pensador da racionalidade moderna, só
podemos conhecer a realidade pela razão.
A isso chamamos de RACIONALISMO. E juntamente a esta questão, a
problematização da verdade não mais como dada pelo mundo externo, fÃsico,
natural (como em Galileu), mas sim como uma qualidade própria do homem como ser
pensante, assim, a partir de Descartes, a verdade é representada subjetivamente,
isto é, na consciência do homem e não no mundo.
O
pensamento moderno é caracterizado por uma discussão em torno da subjetividade, isto
é, tudo aquilo
que se articula
como pensamento ou com
a noção de
consciência de si. E o
pensar ou consciência de si mesmo, segundo Descartes, é condição para que
exista o sujeito – res cogito (que significa consciência pensante). Em
Descartes, a idéia de sujeito é o mesmo que: substância pensante, descobrindo
com isso a posição do cogito (do pensamento), definindo-o como substância do sujeito.
Para
Davi Hume o ponto de partida da reflexão humana está em considerar que todo
conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na
percepção. Davi Hume considera a percepção de duas maneiras: impressões e
idéias. As impressões seriam as percepções mais vivas sentidas pelo sujeito,
como as sensações que se tem das cores, dos sons, de uma paisagem, de uma dor,
de estados de tristeza e de alegria. As idéias, de modo diferente, seriam
cópias das impressões, imagens mais pálidas que resultariam da forma como o sujeito
refletiria sobre as impressões ao usar a memória ou imaginação.
Hume
acredita que o problema do conhecimento teria por fundamento princÃpios que
fariam parte da mente: impressões, idéias, imaginação, hábito e crença.
Já
o contexto da reflexão kantiana foi o século XVIII, marcado por duas ciências que
apresentavam resultados indiscutÃveis
para a humanidade: matemática e
fÃsica. Ao lado dessas duas existia ainda a metafÃsica que, ao contrário das
duas ciências, não só procurava tratar da realidade última das coisas como não
conseguia convencer ninguém sobre os seus resultados.
O
entendimento seria a sede onde se encontram as categorias, também chamadas
conceitos, que organizariam os conteúdos enviados pela sensibilidade. Assim como através da sensibilidade os
objetos são dados, através do entendimento eles seriam conhecidos. Para que o
sujeito conheça alguma coisa, será necessário estabelecer uma relação entre as
faculdades da sensibilidade e do entendimento, senão a produção de conhecimento
seria impossibilitada.
Observa-se
que o sujeito, formulado por Kant, seria constituÃdo de uma estrutura racional
dotada de formas a priori da sensibilidade, do entendimento e da razão que
indicaria aquilo que o homem poderia ou não conhecer. O filósofo alemão chama
essa estrutura de transcendental. Isso em função dela corresponder às diversas
maneiras pelas quais o sujeito pode conhecer os objetos. Ainda que outros
filósofos venham a discordar da interpretação kantiana, não se pode falar de
conhecimento sem que tais questões sejam discutidas, o que faz de Kant um dos
autores mais importantes da história da civilização humana.
Referência:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina &
FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
Oi Almerinda,
ResponderExcluirVocê já imaginou os pensadores, em seus respectivos momentos históricos? Com certeza provocaram muita incredulidade e até mesmo crÃticas, é como o Mito da Caverna - de Platão -a pessoa que sai do mundo sensÃvel para o das ideias é, muitas vezes, condenada.
Almerinda. Bom Dia!
ResponderExcluirResumindo o que você disse, podemos perceber que a separação entre fé e razão, o antropocentrismo e o interesse pelo saber ativo na época do Renascimento levaram os filósofos a partir do séc. XVII a questionar a possibilidade do conhecimento, dando origem à s teorias racionalista e empirista. Kant supera essa dicotomia tendo como premissa o ideal iluminista da razão autônoma e procede a análise critica da própria razão, concluindo que o conhecimento só é possÃvel pela conjunção de duas fontes: a sensibilidade e o entendimento. A sensibilidade da a matéria e o entendimento dá as formas do conhecimento.
A construção do conhecimento fundado sobre o uso critico da razão,vinculado a princÃpios éticos e a raÃzes sociais é tarefa que precisa ser retomada a cada momento,sem jamais ter fim.