domingo, 20 de maio de 2012


O que você entende por Filosofia da Educação?

             No decorrer do curso pode-se entender que a Filosofia está presente no nosso cotidiano, pois a Filosofia é uma atitude reflexiva, capaz de produzir conceitos e idéias, como nos diz Jaspers, “Filosofar significa estar a caminho. As interrogações são mais importantes que as respostas e cada resposta se transforma em nova interrogação” (1977. p 14).
            A Filosofia está presente também na educação, pois não há como educar fora da realidade na qual estamos inseridos. A educação, de qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educação todas as variáveis que determinam uma situação. Deste modo, a “Filosofia na educação” transforma-se em “Filosofia da Educação” enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não os considera em si mesmos, mas enquanto inseridos no contexto educativo.
            Estudando esses conceitos pode-se perceber que a Filosofia da Educação faz-se necessária e inútil para auxiliar as decisões de política educativa, pois para que a educação melhore não basta pensar bem a educação, é preciso decidir bem os assuntos educativos. E não é possível decidir bem em educação sem conceber bem a educação. E não é possível conceber bem a educação sem abordar o conjunto de conceitos, problemas, teorias e argumentos existentes em filosofia da educação. Porque a Filosofia da Educação é um ramo do pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise do(s) sistema(s) educativo(s), sistematização de métodos didáticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade.

pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_da_educação

Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?

             O filósofo grego Platão há quase 2,5 mil anos, acreditava que o mundo que conhecemos não é o verdadeiro. Para ele, a realidade não estava no que podemos ver, tocar, ouvir, perceber.
            A verdade, para Platão, é o que não se modifica nunca, o que é permanente, eterno. Mas como encontrar essa verdade?
            Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os cinco sentidos. O outro é o mundo das idéias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, ele não é concreto. Só o pensamento pode nos levar até lá.
Para entender melhor isso, a gente precisa conhecer uma história que Platão criou: A alegoria da Caverna.
            Imagine um grupo de prisioneiros que nasceu no interior de uma caverna escura. Eles estão acorrentados de costas para a entrada da caverna e só podem olhar para a parede do fundo. A luz de uma fogueira projeta nessa parede as sombras de tudo o que existe lá fora. Os prisioneiros acham que elas são a realidade. Nunca viram a luz.
            Nossa vida, para Platão, é como a dos prisioneiros do mito, acorrentados no fundo da caverna. Vemos as coisas que conhecemos como se fossem reais, mas não passam de sombras, ilusão. A verdade está fora da caverna, no mundo das idéias, na luz. Ou seja: é preciso desconfiar do que nossos olhos e ouvidos dizem. Devemos nos guiar pelo pensamento e pela razão. Foi em torno dessa idéia que nasceu a filosofia, no fim do século V antes de Cristo.
            Platão acredita que para atingir a verdade e o bem, você deve se libertar da sedução dos sentidos.
            Mas qual a relação entre o mundo dos sentidos e o das idéias? Tudo o que a gente vê e percebe ao redor são cópias mal-feitas das idéias, que são perfeita e eternas. É como se a natureza e as pessoas fossem uma cópia de modelos que só existem no mundo das idéias. O que Platão quer com isso é distinguir o verdadeiro do falso, o semelhante do diferente, a essência da aparência.

            O que a herança platônica nos deixou foi uma forma de avaliar o mundo que opõe o bem e o mal a partir de modelos fixos, de idéias.


Referência:



domingo, 13 de maio de 2012

Explique em que consiste a Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates 
A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da verdade no interior do Homem. Sócrates conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas. A maiêutica baseia-se na idéia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.
A auto-reflexão, expressa no nosce te ipsum - "conhece-te a ti mesmo" - põe o Homem na procura das verdades universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.
A Maiêutica, criada por Sócrates no século IV a.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete, que era parteira. Sócrates esclarece isso no famoso diálogo Teeteto.
Há certa divergência historiográfica sobre a utilização de tal método por Sócrates.Historiadores afirmam que a denominação e associação de tal método ao filósofo decorre da narração, não necessariamente fiel, da vida de Sócrates por Platão. Deve-se chamar, então, a instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos.

Referência:

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mai%C3%AAutica

Faça uma análise sobre o Método “Pedagogizador”
e a prática educacional voltada para intersubjetividade.

O método “pedagogizador” se resume em instruir, reproduzir conhecimento, ater-se a regras normalizadoras. Seu suporte é a consideração de que há dois fatores estanques em todos os processos em que algum tipo de conhecimento seja requerido: um sujeito de conhecimento de um lado, e uma realidade a ser conhecida de outro. A consequência para a educação, bem como em termos de propostas pedagógicas, é a restrição à aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado.
Atualmente, esse método tem sido muito criticado, desejam mudá-lo, estabelecendo uma pedagogia para atender as reais necessidades dos educandos e propondo uma política educacional adequada.
Em contraposição, propomos analisar um modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida num sentido construção de pessoas emancipadas, criativas, autônomas. Chama este modelo de “modelo educacional”. Mas não considera que o diálogo, intersubjetividade, modelo comunicativo, etc. Será ainda preciso mostrar seus pressupostos teóricos, as implicações decorrentes, e principalmente, como ele pode ser aplicado, aliviando as dificuldades pelas quais passa a sociedade, sendo o papel da educação central para compreender essas dificuldades e propor mudanças. Este é um processo complexo, e, evidentemente, a própria educação, especialmente a educação formal, escolar, precisa ser revista com urgência.
A Teoria da Ação Comunicativa concebe o espaço da escola como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade, isto é, o indivíduo como sujeito e atores sociais, que pensa sobre que a sociedade, explica, comunica, buscando assim interesses comuns.
Referência:
<www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=653&dd99=pdf>
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos ET al. Filosofia da Educação

domingo, 6 de maio de 2012

Filosofia Moderna e Suas Características

A filosofia moderna surge em contraposição a Filosofia Medieval, que era escolástica, tecnológica, enquanto a Moderna é humanista e antropocêntrica, o homem passou a ter o seu ponto de vista, sendo o centro das atenções, ênfase na fé como experiência individual, valorizando o individualismo e o espírito crítico, em busca de explicação científica. Os primeiros pensamentos sobre o pensar livre, provocados pela rendição da razão à soberania da fé durante a chamada idade média. Os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles antes deles os filósofos da modernidade chamaram para o âmbito da inteligência e capacidade humana a tarefa de pensar o mundo. A sabedoria não é mais visto como algo sagrada e mística além da compreensão do homem comum, através do pensar, do raciocinar o homem é capaz de traçar seu próprio destino e caminhar rumo ao conhecimento.

O caráter mais saliente da filosofia moderna é a independência excessiva de qualquer autoridade, o menosprezo completo da tradição científica. Inaugurada por Descartes, pouco depois que a reforma protestante proclamara o livre exame e a autonomia absoluta em matéria religiosa, num tempo em que os ataques da Renascença haviam desprestigiado as teorias tradicionais, a filosofia moderna rompeu definitivamente com o passado.

Suas principais características são:

·         O Racionalismo
A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes. Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca pensa, muito erra."! Na Idade Média, na sociedade e na política a Palavra de Deus, considerada fonte única do conhecimento absoluto, foi interpretada pela igreja que dominava todos os aspectos da vida. O renascimento trouxe uma ênfase renovada no desenvolvimento científico e na capacidade humana e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo.

·         O Empirismo
Quando Leonardo Da Vinci afirma que "A sabedoria é filha da experiência" (ABBAGNANO, §388) ele de fato resume em poucas palavras a crença dos empiristas ingleses cujo trabalho antecedeu por quase um século. Francis Bacon, John Locke, David Hume e outros pensadores contra posição aos racionalistas do continente europeu desenvolveram e propagavam o raciocínio experimental, ou seja, a teoria de que o único caminho pelo qual o homem pode chegar ao conhecimento é através da experiência sensível (empírica).

·         A perfectibilidade.
Os precursores da filosofia moderna entre eles Leonardo da Vinci, Copérnico e Galileu acreditaram na perfectibilidade da natureza e defenderam a teoria da perfectibilidade da razão humana. Iniciou-se uma "busca por expressar, entender, explicar pela razão perfeita a natureza perfeita". A ciência renascentista entendeu que pelo fato que Deus criou a natureza é possível conhecer Deus através da natureza e, portanto, produzir conhecimento.
Leonardo da Vinci via nas formas perfeitas da matemática uma maneira de ilustrar a perfeição do corpo humano (o homem vitruviano) e assim tomou o curso da teoria da perfectibilidade. Kant, por sua vez, via na possibilidade do homem chegar à perfeição um processo natural de desenvolvimento rumo ao esclarecimento, um processo de evolução pela qual o homem atinge sua maioridade, processo que depende não de condições externas, mas, na vontade do homem, só não tem condições de alcançar essa independência os preguiçosos que escolhem permanecer na minoridade sob a tutela intelectual de terceiros.

Referência:

A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.
 



Segundo Descartes, comumente chamado de principal pensador da racionalidade moderna, só podemos conhecer a realidade pela razão.  A isso chamamos de RACIONALISMO. E juntamente a esta questão, a problematização da verdade não mais como dada pelo mundo externo, físico, natural (como em Galileu), mas sim como uma qualidade própria do homem como ser pensante, assim, a partir de Descartes, a verdade é representada subjetivamente, isto é, na consciência do homem e não no mundo.
O pensamento moderno é caracterizado por uma discussão em torno da  subjetividade,  isto  é,  tudo  aquilo  que  se  articula  como pensamento  ou  com  a  noção  de  consciência  de  si.  E o pensar ou consciência de si mesmo, segundo Descartes, é condição para que exista o sujeito – res cogito (que significa consciência pensante). Em Descartes, a idéia de sujeito é o mesmo que: substância pensante, descobrindo com isso a posição do cogito (do pensamento), definindo-o como substância do sujeito.
Para Davi Hume o ponto de partida da reflexão humana está em considerar que todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na percepção. Davi Hume considera a percepção de duas maneiras: impressões e idéias. As impressões seriam as percepções mais vivas sentidas pelo sujeito, como as sensações que se tem das cores, dos sons, de uma paisagem, de uma dor, de estados de tristeza e de alegria. As idéias, de modo diferente, seriam cópias das impressões, imagens mais pálidas que resultariam da forma como o sujeito refletiria sobre as impressões ao usar a memória ou imaginação.
Hume acredita que o problema do conhecimento teria por fundamento princípios que fariam parte da mente: impressões, idéias, imaginação, hábito e crença.
Já o contexto da reflexão kantiana foi o século XVIII, marcado por duas ciências  que  apresentavam  resultados  indiscutíveis  para  a humanidade: matemática e física. Ao lado dessas duas existia ainda a metafísica que, ao contrário das duas ciências, não só procurava tratar da realidade última das coisas como não conseguia convencer ninguém sobre os seus resultados.
O entendimento seria a sede onde se encontram as categorias, também chamadas conceitos, que organizariam os conteúdos enviados pela sensibilidade.  Assim como através da sensibilidade os objetos são dados, através do entendimento eles seriam conhecidos. Para que o sujeito conheça alguma coisa, será necessário estabelecer uma relação entre as faculdades da sensibilidade e do entendimento, senão a produção de conhecimento seria impossibilitada.
Observa-se que o sujeito, formulado por Kant, seria constituído de uma estrutura racional dotada de formas a priori da sensibilidade, do entendimento e da razão que indicaria aquilo que o homem poderia ou não conhecer. O filósofo alemão chama essa estrutura de transcendental. Isso em função dela corresponder às diversas maneiras pelas quais o sujeito pode conhecer os objetos. Ainda que outros filósofos venham a discordar da interpretação kantiana, não se pode falar de conhecimento sem que tais questões sejam discutidas, o que faz de Kant um dos autores mais importantes da história da civilização humana.

Referência:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.