domingo, 20 de maio de 2012


Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?

             O filósofo grego Platão há quase 2,5 mil anos, acreditava que o mundo que conhecemos não é o verdadeiro. Para ele, a realidade não estava no que podemos ver, tocar, ouvir, perceber.
            A verdade, para Platão, é o que não se modifica nunca, o que é permanente, eterno. Mas como encontrar essa verdade?
            Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os cinco sentidos. O outro é o mundo das idéias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, ele não é concreto. Só o pensamento pode nos levar até lá.
Para entender melhor isso, a gente precisa conhecer uma história que Platão criou: A alegoria da Caverna.
            Imagine um grupo de prisioneiros que nasceu no interior de uma caverna escura. Eles estão acorrentados de costas para a entrada da caverna e só podem olhar para a parede do fundo. A luz de uma fogueira projeta nessa parede as sombras de tudo o que existe lá fora. Os prisioneiros acham que elas são a realidade. Nunca viram a luz.
            Nossa vida, para Platão, é como a dos prisioneiros do mito, acorrentados no fundo da caverna. Vemos as coisas que conhecemos como se fossem reais, mas não passam de sombras, ilusão. A verdade está fora da caverna, no mundo das idéias, na luz. Ou seja: é preciso desconfiar do que nossos olhos e ouvidos dizem. Devemos nos guiar pelo pensamento e pela razão. Foi em torno dessa idéia que nasceu a filosofia, no fim do século V antes de Cristo.
            Platão acredita que para atingir a verdade e o bem, você deve se libertar da sedução dos sentidos.
            Mas qual a relação entre o mundo dos sentidos e o das idéias? Tudo o que a gente vê e percebe ao redor são cópias mal-feitas das idéias, que são perfeita e eternas. É como se a natureza e as pessoas fossem uma cópia de modelos que só existem no mundo das idéias. O que Platão quer com isso é distinguir o verdadeiro do falso, o semelhante do diferente, a essência da aparência.

            O que a herança platônica nos deixou foi uma forma de avaliar o mundo que opõe o bem e o mal a partir de modelos fixos, de idéias.


Referência:



Um comentário:

  1. Olá Almerinda,
    O mito da caverna exemplifica muito bem os dois mundos apresentados por Platão. O mundo dos sentidos é a nossa visão leiga dos fatos e do mundo que nos cerca, já o mundo das ideias é a reflexão para descobrir a verdadeira essência de nossa existência. A Filosofia, como foi estudada no decorrer da disciplina Estudos Filosóficos, tem o papel de buscar a verdadeira essência da vida humana.
    Abraço,

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